sexta-feira, 4 de junho de 2010

Escolhas e respeito: porque andam separados?


Pessoas com escolhas diferentes das demais passam por provas diárias e isso não é nada fácil, ao menos no que se diz respeito à paciência. O teísmo, infelizmente, é cultural demais. As pessoas se acham no direito de mencionar o nome de seus deuses a todo minuto por achar que todos são de opinião e escolha igual. Termos como "Meu deus do céu", "Nossa senhora.", "Jesus te ama", entre outros, são proferidos sem que se haja respeito praticamente em todos os momentos – mesmo que sejam vícios de linguagem.

O Ateísmo choca. Por quê? Sua mãe, sua avó, enfim, seus antepassados, foram criados com essa concepção de vida e imaginam que assim tem que ser. Mas por quê? Por simples questão de comodismo. Como assim comodismo? Vou tentar ser objetivo. Por não imaginarem e muito menos se esforçarem em pensar que nem todo mundo goza dos mesmos desejos, sensações, razões e escolhas que eles. Dai você pode me dizer que não é questão de escolha, se é cultural e hereditário. E eu respondo: Tudo que somos enquanto não temos consciência política, não é nosso. Somos forjados a crer, comer, dormir, agir e pensar como querem que façamos.

No Brasil, principalmente nas menores cidades, o numero de igrejas que existem é inegavelmente exagerado - mesmo que por algum tipo de necessidade. De todos os tipos, todas as crenças. Mas elas estão lá e querem que você faça parte daquilo de qualquer maneira, quase te engolindo enquanto você 'dorme'. É extremamente comum presenciar cultos ou missas, que atravessam os portões da igreja para serem realizadas na rua, com seus microfones altíssimos. Eles já pararam para pensar que existem pessoas que não querem e não precisam ouvir coisas do tipo? Se saíssemos à rua pregando a não existência de um deus, com nossos microfones e ideologias, o que aconteceria? Quem nunca recebeu panfletos contendo assuntos bíblicos, sobre a salvação e blábláblá, sempre procurando mais almas? Se o contrario fosse colocado em pratica? Se fossem entregues panfletos com dizeres, "Deus está morto", "Não existe um deus"?

O comportamento religioso, seja qual for a denominação, é egoísta e isso é visto diariamente. Não gostaria de generalizar, mas mesmo os que dizem respeitar pessoas que não crêem, no fundo acham que vamos queimar no inferno, ou coisa parecida, quando eles mesmos, inconscientemente, sabem que se apegam a coisas que não conseguem ver, pelo que lhes foi prometido: O Depois. Sentem medo do que possa acontecer quando morrerem e é exatamente isso que uma vida religiosa regrada promete. O juízo final. Quem será o juiz? Fato é que, todos têm direito absoluto de acreditar no que lhes é conveniente e defender isso com fé ou não, desde que isso não afete quem lhes for próximo, o que não acontece.

A palavra-chave é respeito. Respeito não só em relação a crenças religiosas e sim em relação a tudo que se diz respeito a vida. Pode-se viver em harmonia, respeitando o que deve ser respeitado e deixando que as escolhas sejam unicamente individuais.

2 comentários:

  1. Olha pessoal, ótimo texto, mas acho que sendo ateu vc deixa pra trás coisas que as igrejas futilizaram, por exemplo o anarco cristianismo que é uma vertente muito linda de se estudar, também há o estudo livre da gnose, acho que ser ateu é plausível, mas ao mesmo tempo simplista.
    Não sei se disse com as palavras certas oq tinha em mente, mas não tenho inteção de atacar a posição de vcs, apenas vim mostrar mais pontos sobre o assunto que são tão ignorados quanto o ateísmo.
    XAbraçosX

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