quinta-feira, 1 de abril de 2010

#2 Quintrevista Negra com: Eduardo Felipe.

A segunda entrevista para o blog, foi feita com o Eduardo Felipe, lá de salvador. Dudu, como preferem os amigos e talvez o proprio, é um dos vocalistas da Derrube o Muro, banda que eu, particularmente, acho muito boa. Ele tambem está a frente do TomanacaraHC http://tomanacarahc.blogspot.com/ junto com outro brother seu. E faz parte do coletivo Nossas Mãos.


Chuva Negra:
De inicio, quero agradecer a você pelo tempo que disponibilizou ao coletivo, cedendo essa entrevista. É realmente prazeroso pra mim, poder participar disso. E queria que você fizesse uma apresentação, para os mais desavisados. Faz um jogo rapido ai de quem é você.

Dudu: Pow, o prazer é meu velho!!! Eu estou acostumado a geralmente fazer entrevistas e quando rola de responder alguma acho bem legal, e vindo de um coletivo tão ativo e dedicado como o Chuva Negra é mais prazeroso ainda. Quem sou eu? Pergunta difícil logo de cara ... Sou Eduardo, apelidado pelos amigos de Dudu, sou Bacharel em Direito e sou um dos vocais da Derrube o Muro. Além disso, faço parte do blog/fotolog Tomanacara, do Coletivo Nossas Mãos (que atualmente se dedica apenas a organizar shows) e já toquei nas bandas Revenge e Heróis de nós Mesmos.

CN: O que voce enxerga da cena baiana? Da pra ser roqueiro morando na 'terra do axé'?

Dudu: Kkkkkk esse pergunta é típica/clichê para as bandas daqui e para as pessoas que gostam de rock e moram na cidade. Sim dá pra ser roqueiro sim, eu estou sendo até hoje. Kkkkkkk Sobre a cena, ai é mais complicado, pois se me perguntar como está a atual cena soteropolitana eu te diria que depende de que cena você fala. Se for aquela sincera, onde as bandas tocam por merecimento ou por disposição em chegar junto e fazer a correria, está fraca. Porém em uma curva crescente. Agora se quer saber da cena pilantragem, onde as bandas são obrigadas a vender 20, 30 e até 70 ingressos para poder tocar e encher o rabo dos “produtores” de grana, eu posso te dizer que está, foi e sempre será uma merda! E acho, que as bandas estão começando a perceber isso. Espero sinceramente que essa patifaria acabe logo.

CN: E em outros lugares? Claro que você já visitou alguns outros lugares, ja viu de perto outras realidades do mundo punk/hardcore, pessoas, bandas, estilos diferentes de falar e sentir ...

Dudu: Eu não sou um jovem muito viajado não. Conheço apenas algumas cidades do Nordeste e interiror aqui da Bahia. É complicado falar da realidade de outro lugar, onde não convivo e não sei qual é o cotidiano. Porém percebo e acompanho pela internet várias paradas que estão rolando em vários lugares, me interesso mais em saber o que ta rolando no Nordeste, e vou me limitar aqui a falar dele. Aracaju (SE): Sempre foi um lugar que tive um carinho especial. Pessoas e bandas fodas, já teve épocas melhores, acho que a falta de casas de shows é o grande problema da galera lá; Maceió (AL), a dois anos atrás teve aquele “boom” que geralmente acontece em todas as cidades, e como sempre o fim é o mesmo. Começa com várias pessoas dedicadas, empolgadas ... ai do nada, todo mundo acha que hardcore é uma merda, que isso é coisa de muleque e vai todo mundo ouvir rock moderno, meter o pau em tudo e parar de ir a shows. Como eu disse isso não é uma peculiaridade de Maceió, SSA foi assim também. Tem bandas legais como o Morra Tentando, e os caras, bem ou mal, tem a Casa do Pedrinho para organizar as GIGs, que os resistentes de lá continuam a fazer; Hellcife (PE), mesmo esquema de Maceió, em 2007 aquele “boom”, depois tudo se apagou e o Braytner agora, junto com algumas outras pessoas reacenderam a chama e colocaram novamente Recife no circuito punk/hardcore, organizando shows, trazendo de volta a Verde Vingança e muitas outras coisas. João Pessoa (PB), converso com um cara de um coletivo que tem lá, eles tem um espaço legal para shows, estão sempre na correria também ... gostei de ver mesmo a disposição dos caras, e parece que tem umas mulecas também, que fazem uma correria por lá. Acho interessante a atuação direta de mulheres no hardcore; Natal (RN), tem vocês do Chuva Negra que estão representando demais, inclusive Diego me falou quando teve aqui com a Todos Contra Um sobre o coletivo, como estão se articulando e achei foda demais!!! Paguei pau mesmo, além disso rola os caras lá do Dosol né? No esquema mais rock independente, mas que também acho bem válido. De Nordeste, só conheço isso mesmo e acabei sendo bem extenso na resposta kkkkkkkkkkk.

CN: A que se deu o teu inicio no punk/hc? Tipo, qual foi o estopim, a banda que te fez entrar nisso e nao querer sair mais? E qual foi o teu primeiro contato, bom ou nao, com esse tipo de som, rock/punk?

Dudu: Rapaz, acho que ninguém nunca me perguntou isso!!! Eu sou do interior da Bahia, e lá eu conhecia apenas o Ratos de Porão, Sepultura, Beatles ... essas coisas mais manjadas, quando vim morar em Salvador, meados de 99 em minha casa pegava a MTV, e puta que pariu eu ficava o dia todo na frente da TV gravando clipes em VHS pra assistir depois. Curiosamente eu gostava mais dos democlipes que passavam de madrugada, geralmente eram bandas de punk/hardcore. Naquela época a MTV prestava. Ai no final de 99, minha mãe comprou um computador e tinha internet. Porra, todas as bandas que eu tinha em VHS eu poderia baixar as músicas pelo Napster ou mIRC, além dos sites Punknet e Zona Punk. Ai nesses sites tinham outras bandas que eu baixava pra ver se gostava ou não e com isso ia conhecendo mais bandas e sites ligados ao punk/hardcore. O porque de ter escolhido o punk/hardcore: porque era a coisa mais agressiva que eu conhecia, e eu com meus 13 anos de idade queria era mais agressividade, gritos e protestos, seja lá com o que fosse. Outro modo que comecei a me inteirar sobre bandas é que sempre gostei de ler o encarte, ai sempre vinha o nome de outras bandas nos agradecimentos, ai eu ia e buscava sobre a banda, foi mais ou menos assim que entrei nesse meio. Porém nesse período eu não freqüentava shows underground, além de minha mãe não deixar, eu tinha receio de apanhar, pois não sabia como era um show underground. Eu apenas ia em shows grandes, Festival de Verão ... essas coisas, e ficava puto quando via no mIRC divulgação de shows e não ia, mesmo morrendo de vontade, ai fui no meu primeiro show underground em 2000, que foi o Festival Palco do Rock. Com o cu na mão mais fui ... gostei tanto do clima que resolvi ir a um show que me entregaram o cartaz. Era lá no Rio Vermelho, não lembro se foi no Anexo ou no Havana, e nem lembro as bandas, e ai comecei a ir, sempre sozinho aos shows. O que me fez entrar nisso eu já citei acima, agora o que me mantém são os laços de amizades que consegui fazer. Como eu disse eu sempre ia sozinho aos shows, quando mudei de bairro eu conheci uma galera que também curtia as bandas que eu curtia. Eu pensava que eu apenas conhecia as bandas até então, e com essas pessoas eu comecei a freqüentar mais shows e conhecer mais pessoas. Quando vi meu ciclo de amizades era praticamente todo de pessoas envolvidas direta ou indiretamente com o punk/hardcore e por isso até hoje estou ai. Claro, não poderia deixar de mencionar que sem a Estopim Records eu jamais teria acesso a metade das coisas que eu conheço e dos shows que fui. A Estopim foi fundamental para a divulgação do punk/hardcore em Salvador.

CN: Muitos chamam a musica barulhenta e rápida de 'anti-musica'. concorda?

Dudu: Na boa, anti-música pra mim é o cara marcar um show e chegar lá e dar uma palestra, por exemplo. Ele boicotou a música nesse caso. Fora isso qualquer lata batendo pra mim é música.

CN: O que você acha desse termo: Punk?

Dudu: É algo difícil, ao menos para mim, abrir a boca e dizer que “sou punk”. Porque cai em diversas discussões sobre o que seria o punk e o que é o punk na atualidade. Eu me considero punk/livre de drogas, porém eu trabalho em uma Multinacional, estaria traindo os meus ideais punks por isso? É complicado, pois para se fazer o “Faça você mesmo”, na atual sociedade capitalista, é necessário grana, e quem me proporciona grana para eu investir no underground é a empresa que trabalho. Por isso até evito de dizer que sou punk para as pessoas, tenho isso para mim. E mais, não ando de visual, pois o clima em minha cidade não propociona eu andar de coturno e roupa preta, prefiro um bom chinelo e uma roupa fresquinha.

CN: E em relação ao movimento straight edge e vegetariano? Foram consequências do envolvimento com o punk? E o que representam na tua vida?

Dudu: Sim, comecei com as bandas mainstreams da MTV, passei a conhecer as bandas undergrounds de minha cidade e assim fui conhecendo pessoas ligadas ao Vegetarianismo e ao Straight Edge. Eu via Fabiano Passos (Estopim) em alguns shows com o “X” na mão, e outros muleques também, mas não sabia que porra era isso. Ai com a realização do 1º Estopim Fest, eu pude ter um contato maior com as bandas Straight Edges e com palestras, comidas vegetarianas ... foi uma excelente escola para mim. Uma pena que a atual geração não tem muito esse tipo de evento e pior, quando tem parecem não se interessar. Hoje em dia é tudo muito artificial, pré-pronto. Atualmente estou sXe. Vão fazer 4 anos que assumi essa postura, e a 6 estou Drug Free. Para mim representa bastante, pois antes de ter acesso a esse movimento/estilo de vida eu me preocupava em ficar chapado pra fazer merdas e me sentir mais encorajado, sei lá o que pensava era muito muleque pra pensar algo. A partir do momento que me tornei Drug Free passei a ver o mundo com uma outra roupagem, comecei a ser mais crítico com a indústria das drogas lícitas e seus efeitos nas camadas menos favorecidas, e em termos pessoais sou bem mais feliz assim, de cara limpa. Para mim está sendo a melhor escolha, para outras pessoas não, ai cada qual escolhe o seu caminho.

CN: Muita gente está 'abandonando' movimentos como sXe e alguns tambem o vegetarianismo. O caso mais conhecido é o do Nenê Altro, que por seus motivos 'rompeu' com essas ações de grupos. como voce vê essa atitude?

Dudu: Então, esse caso do Nenê já tem tanto tempo hehehe depois dele tanta gente já caiu, que pegar ele para Cristo é até uma injustiça. Eu acho que você tem que ser sincero consigo mesmo. Se o sXe não é algo que serve mais para você, não é algo que te faz mais feliz, é algo que apenas esta por status ou por conveniência deve pular fora mesmo. Agora, óbvio que fico triste em ver, às vezes, alguns amigos meus que eram sXes se entregando às drogas, acho uma merda. Mas como disse, cada qual escolhe seu caminho.

CN: Eu, confesso, não sou um profundo conhecedor da cena baiana. Conheço algumas bandas - otimas, por sinal -, mas não sei realmente o que rola por ai. Dos meus amigos daqui que ja passaram por ai, seja com banda, ou apenas de rolé, todos me falam bem. É facil organizar eventos de rock por ai? E as bandas, elas costumam ter um certo tempo, ou por falta de chances pra tocar, elas acabam - como acontece em muitos lugares - ?

Dudu: Vai cair novamente naquilo que falei acima. É fácil para alguns e para outros não. Eu poderia muito bem pegar uns muleques que não sabem tocar nada e falar, aqui vendam 10, 15, 20 ingressos que faço o favor de colocar vocês no show que tou fazendo ... se apenas uma banda vender 20 ingressos a 10 reais dá 200 pau!!! Pow, quer facilidade maior que essa? Prefiro ainda tirar grana do meu bolso, colar com meus amigos e se fuder pra organizar algo, mas algo real e de qualidade. É difícil, sim é ... mas O LIMITE É A NOSSA VONTADE.

CN: Você ja participou de varias bandas, certo? Fala pra agente quais foram e o que significou cada uma pra você? E, claro, qual a sua atual banda?

Dudu: Nem tantas assim, às vezes o povo confunde porque acabo colocando links das bandas daqui na internet e às vezes pensam que toco em boa parte delas, o que não é verdade. Minha primeira banda foi a Monstros S/A, uma banda escrota que tocava Olho Seco, Gritando HxCx e outras coisas do tipo. No começo até éramos sérios, mas depois começamos a ouvir muito Cissa Guimarães e avacalhamos tudo, nunca chegamos a fazer um show, mas era bem legal. Eram duas guitarras sem baixo, só fuleragem mesmo. Depois com parte desses amigos da Monstros S/A eu montei a Revenge, que era sentimento puro. Todas as minhas angustias e felicidades eu tentava por nas letras, era um misto de melódico com oldschool. Rolava uns covers legais do Fullheart e 5 of hearts, muitas formações e nunca chegamos a gravar nada, e também fizemos poucos shows. Dá pra achar no You Tube os vídeos do último show. Em paralelo a Revenge, e com algumas pessoas da banda montamos a Gays4Fun, que era um punkrock festivo com letras antihomofóbicas e com um sacada bem escrachada, na linha de Texticulos de Mary. Durou apenas um show. Daí em minhas viagens mentais pensei, “caralho, vou montar uma banda de grind/powerviolence!!!”. Mas o foda era achar alguém pra tocar, ai chamei uns amigos e como não tinha baterista eu mesmo fiz esse desfavor para os ouvidos alheios, foi a Heróis de nós Mesmos em sua primeira formação. No dia da gravação na casa de Rodrigo o vocal, que era crente, não foi porque não concordava com algumas letras daí resolvi gravar a bateria, Pedro gravou a guitarra e os vocais nós 3 gravamos, e meu primo que era bem muleque na época. A Guitarra Sidney gravou depois. Chegamos a fazer alguns shows. Dessa gravação saiu uma demo que vendeu mais do que eu esperava e ai rolou várias mudanças na formação, e a formação que mais gostei foi na época que era eu e mais 2 vocais na banda. Era um grind tão agressivo e bem feito que chega dava gosto, e era uma época boa de nossas vidas. Viviamos em reuniões do coletivo, badernando ... de longe essa fase da Heróis foi algo bem importante e prazeroso para mim, ai rolou umas merdas eu sai da banda e eles continuaram numa linha punkrock, que pode ser ouvida no myspace (http://www.myspace.com/heroisdenosmesmos). Por sinal a gravação é foda e os poucos shows que rolaram dessa época foram animais!!! Depois que eu saí da Heróis fiquei sem banda e Rodrigo, que também tocava comigo na Heróis, deu a idéia de montarmos uma banda mais agressiva e pesada, na linha de Suicidal Tendencies, porra eu pirei!!! Ai chamamos algumas pessoas e formamos a Derrube o Muro, que no começo tinha uma formação, mas desde o primeiro show a formação é essa até hoje: Eu, Doriva, Rodrigo, Gabriel e Joff. É a única banda que toco atualmente e é uma excelente válvula de escape, e óbvio que não conseguimos chegar nem perto do Suicidal Tendencies, mas pelo menos dá pra tirar um barato.

CN: Vocês ja tem uma demo lançada, certo? Pretendem lançar mais alguma coisa? E se pá, quando? Algum material com outras bandas? E uma visita e tal, aqui por natal, rola?

Dudu: Sim, gravamos bem nas carreiras no segundo semestre de 2009 uma demo com 8 faixas, que Fabiano (Studio Estopim) fez um excelente trabalho, já que gravamos praticamente ao vivo e a qualidade superou minhas expectativas.Olha pretendemos sim, não sabemos para quando, pois das músicas que não saíram nessa demo estamos apenas com 3 a mais. Ao passo que formos fazendo mais músicas e tivermos um material legal quem sabe lançamos algo. Eu ficaria muito feliz se fosse algo em vinil, com uma arte bem legal. Split pode rolar, basta rolar convite e nos agradar, tem essa não.
Shows fora do estado já são mais complicados, pois todos na banda tem afazeres fora do hardcore. Trabalhamos e isso dificulta muito ficar fora do estado por muito tempo, além do mais confesso que como banda somos bem enrolados com essas coisas. Pra marcar um ensaio é uma novela, imagine um show fora rsrsrsrsrsrs Mas se um dia bater uma doidêra, quem sabe? Já tocamos duas vezes em Aracaju, pois temos uma relação bem estreita com a galera de lá e é perto da Bahia. De minha parte há uma vontade sim em tocar em Natal.

CN: Muitas bandas hoje se tornaram conhecidas e reconhecidas pela internet. O download surgiu como ferramente importantissima de divulgação de bandas e como forma de compartilhar tambem a boa musica dessas bandas, ja que pelo tamanho do Brasil, fica meio inviavel conseguir material de algumas bandas. Você apoia o download de músicas, ja que não existe custo e consequentemente as bandas que gastaram para fazer um material, não vao ter o retorno necessario para arcar com as despesas? O que voce realmente acha dessa pratica?

Dudu: E como apoio, eu sou um dos filhosdaputa que tem mania de uppar e baixar material pela internet. Essa questão de custo é foda, porque beleza, antes da internet as pessoas compravam mais CDs e tudo mais. Ok, concordo. Mas acho que hoje em dia pelo menos compra CD quem realmente gosta da banda ou quem tem prazer em ter o material físico, o que não acho nada mal. Apenas ficará mais difícil para a Derrube o Muro, por exemplo, ganhar um disco de platina por sua demo, entretanto, eu disponibilizando pela internet sei que várias pessoas de vários estados já ouviram e disseram ter gostado (CN: e isso é verdade, a demo é muito boa) isso pra mim é mais válido que os 5 reais que pagariam por ela. Bate uma tristeza quando eu ponho a banquinha e vejo que as pessoas não tem interesse em adquirir o material das bandas, não pela grana mas ao menos para mim, ter arquivos em meu computador nunca vai substituir eu ter o CD da banda, mas isso vai de pessoa para pessoa.

CN: No teu orkut, eu pude perceber que voce tem um respeito enorme por amigos, tanto que os considera familia, e isso é uma coisa não muito convencional, se percebermos outras cenas, em outros lugares. Muita gente briga por motivos tão bestas e acaba separando pessoas que deveriam se unir por mesmos propositos. O que voce acha que falta pra que esse respeito mutuo de amizade se espalhe em outros lugares e em outras pessoas?

Dudu:Assim, eu também já briguei por motivos que achava, na época, válidos e hoje nem tanto ... e já fiz muita cagada também. Mas se tem algo que sempre prezei foi a amizade. Com o punk/hardcore comecei a ter essa noção de família além dos laços de sangue. Tanto que hoje em dia realmente considero meus amigos minha família, e minha mãe que tenho o maior respeito e estima, sabe que só a considero família pelos laços afetivos e não por laços de sangue. Ela discorda um pouco do meu pensamento, mas tem respeitado. Ela discorda porque há alguns entes com o mesmo sangue que o meu que não considero família, e realmente para mim não são. Acho que família é mais um agrupamento de pessoas que tem algo em comum e se gostam. Minha mãe é católica e viaja muito nesse lance de compaixão, perdão e essas coisas todas, eu não.

CN: Para finalizar, deixa uma mensagem pra geral.

Dudu: Assisti até um filme essa semana que dizia que o Salve Geral era quebrar tudo, e com isso São Paulo parou, então essa pergunta é perigosa rsrsrsrsrsrrsrsrsrs
Mas é isso aê, o Salve Geral é quebrar tudo, ser a crise e lutar pelo que acredita sempre, ou melhor, até quando acreditar.

DERRUBE O MURO.

http://www.myspace.com/derrubeomuro
http://www.fotolog.com/derrube_o_muro
contato: dudu_msahc@hotmail.com

4 comentários:

  1. Valeu mesmo aê galera, pela entrevista e pela força!!!

    Foi bem legal poder responder os questionamentos do Chuva Negra, excelentes perguntas!

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  2. muito interessante a iniciativa de vocês, com certea vou botar lá no meu blog (o www.louderthanbombss.blogspot.com)pra dar uma divulgada!

    ainda não terminei de ler tudo, mas tô gostando bastante

    abraços, e vamos em frente!

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  3. sempre juntos Renan, e valew pelo apoio man!

    abraço

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  4. Entrevista bacana.

    Valeu PH tá se garantindo no blog =]

    Abraxx

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