sexta-feira, 13 de maio de 2011

Dead Fish em Natal - Diario de Natal.



A cena hardcore local mostra sua resistência contra a falta de eventos e espaços ao gênero. Na tarde de amanhã, quatro bandas potiguares e uma cearense abrirão o show dos capixabas do Dead Fish - hoje uma das bandas mais tradicionais entre os "pesos pesados" nacionais. Os shows acontecem no Cultura Clube (Ribeira), a partir das 16h. E se alguém pensa que hardcore em Natal está em decadência ou o domingo é um dia morto, o primeiro lote de ingressos se esgotou na quinta-feira e o segundo estava próximo do fim no dia seguinte. Mas enquanto há vida, há rock. Quem quiser curtir o evento, a produção reservou senhas para serem vendidas na hora.


Além do grupo do Espírito Santo (foto), sobem ao palco Driveout, Chicones, DeadFunnyDays, Born To Fredom e Sunday Record Foto:Luringa/Divulgação Natal é mais uma cidade do Norte/Nordeste onde o Dead Fish tem feito escala para comemorar 20 anos de carreira. Além dos sucessos, traz na bagagem o repertório do último CD Contra Todos (2009) e mais uma ou duas inéditas do próximo álbum com lançamento previsto para o fim deste ano ou em 2012. A única apresentação da banda em solo potifoi há cinco anos. E pela época é fácil identificar o local: o Centro Cultural Dosol, também na Ribeira. É que os espaços abertos ao hardcore em Natal são poucos, ou únicos. Além da tradição de dez anos do Dosol, surgiu há um ano o Cultura Clube, ambos com shows espaçados do gênero. E fica nisso.

"Infelizmente essa é a realidade. A produção de shows de hardcore em Natal complica por isso. Caminhamos sempre na incerteza de presença do público. Trazer banda de fora para atrair gente e pagar a produção sai caro", comenta o produtor do evento, Shilton Roque. A incerteza é causada pela falta de espaços exclusivos e eventos regulares voltados ao estilo. "É complicado arriscar nisso. Os eventos produzidos no ano passado e os três deste ano deram certo. Ainda assim é um risco". Os show de 2011 foram todos no Dosol: Plastic Fire (RJ), em janeiro; e Cuelho Livre (MS), em março. "O outro é esse do Dead Fish, já com excelente aceitação".

Além da banda capixava, o line up do evento também conta com a banda cearense Chicones e as locais: Born To Freedom, Driveout e Sunday Record, além do Dead Funny Days, que junto com a White Myself ensaiou uma crescente no cenário hardcore em Natal no ano de 2003. "Pensamos que o hardcore de Natal tinha morrido junto com as bandas do passado". Shilton acredita no fortalecimento gradativo puxado pelo Festival Dosol - de reconhecimento nacional - e do cenário independente, mais das vezes atrelado ao cenário rock. Shilton participa do coletivo Chuva Negra, que produz shows de hardocore na cidade. Mas passou bom tempo inativo por falta de oportunidade.

20 anos

Dead Fish comemora em 2011 duas décadas de influência sonora na vida de roqueiros brasileiros. Com 12 CDs gravados, entre álbuns ao vivo e demos, o grupo retorna a Natal após seu último lançamento de estúdio, o álbum Contra Todos (2009) - obra mais visceral e direta do grupo. E chega com formação diferente. Após 20 apresentações na Alemanha e República Tcheca, em 2007, os dois guitarristas Tiago Hospede deixou a banda. O também guitarrista Phillipe tirou de letra o trabalho realizado antes por duas guitarras e assumiu as seis cordas da banda. Já com o álbum gravado, Nô (Leandro Pretti), baterista do grupo, também decide deixar a banda sendo substituído por Marção, baterista da banda paulista de hardcore Ação Direta. O Dead Fish é composto hoje por Rodrigo Lima (vocal e único membro da formação original), Philippe Fargnoli (guitarra), Alyand (baixo) e Marcão (bateria).

Fonte: Diario de Natal http://www.diariodenatal.com.br/2011/05/14/muito1_0.php#

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