segunda-feira, 19 de abril de 2010
Resenha: Abril Pro Rock, dia 16.04
A primeira resenha de show do blog não podia ser melhor, com um excelente festival, com shows magníficos: Abril Pro Rock.
O que mais me chamou atenção esse ano foram três bandas: The Varukers (UK), Agent Orange (EUA) e Ratos de Porão (SP) e por isso irei falar sobre o show das três. Foi a noite em que eu tive uma verdadeira aula de punk, surf music e hardcore.
Bem, saímos a tarde de Natal, chegamos lá quase 20hs compramos o ingresso e fomos ao Shopping Tacaruna, comer. Depois de “rodar e rodar” pelo shopping atras do que comer e não encontrar, voltamos para o centro de convenções. Encontrei amigos de PE, PB, CE, AL e Interior do RN. Entramos e já estava rolando a terceira banda. A quarta já estava se preparando para entrar: Claustrofobia (SP). Não prestei muita atenção no show fiquei mais conversando com os amigos lá atrás. Depois veio o Terra Prima (PE) e o Eminence (MG). Preferi conversar mais e mais com pessoas que não via há meses.
Ai veio a minha primeira das três expectativas da noite: Agent Orange. Banda da Califórnia mais conhecida por ser a banda que misturou o punk com o surf music e que agradou de gregos e troianos à skatistas e surfistas. O show começou no melhor estilo Surf Music e foi seguindo com rodas, dancinhas a lá “surf”, muitos coros e agitação que não terminava. Uma pequena pausa pra trocar a corda e terminar o show com um cover de “Miserlou” do gênio Dick Dale e em seguida fechar com duas músicas que quem já jogou a série “Tony Hawk Pro Skate” iria chorar de alegria, emoção e empolgação, como eu chorei. Um cover de “Police Truck” do Dead Kennedys e depois “Bloodstains” do próprio Agent Orange.
Menos de um minuto depois no outro palco, o Rat e companhia já anunciavam momentos do melhor do punk inglês oitentista, agressivo e furioso: The Varukers. Começaram com “Protest to survive”. Na van eu tinha pensado: “mano começar logo com essa música vai ser brutalidade”. E foi! Brutalidade e agressividade, roda insana, pessoas cantando aquilo como se fosse hino ... e era! Como outras e outras musicas. Não pararam, eu estava exausto e tive que sair da frente do palco e da roda. Fiquei de lado, mas mesmo assim não parei de vê-los tocando. O Rat interagia com o publico de forma impecável e era muito bom você ver, digamos, pessoas que para você são grande influencia musicalmente, tão humildes, interagindo com as pessoas no local, até quando eles resolveram dar uma “passeada” pelo cento de convenções. No repertório músicas como “Soldier Boy”, “Don't Wanna Be a Victim”, “Massacred Millions” , entre outras.
Em seguida, para mim a MAIOR banda de punk/hardcore do Brasil e me desculpe quem não concordar, mais é também a MAIOR do mundo e minha principal influência: Ratos de Porão. Alguém já escutou o Ao Vivo do Ratos? Aquele que foi gravado em 88 por ai. Pois eu me senti nele, em todo momento, as únicas diferenças eram o Juninho no baixo no lugar do Jabá e o Boka na batera no lugar do Spaguethi. Começaram destruindo tudo. Juninho não parava, Jão mais insano do que nunca, Boka um monstro e Gordo irreverente e agressivo como de costume. Meu quarto show do Ratos e foi o melhor. Foi hino atrás de hino. Músicas que entrariam fácil no “Só Crássicos”. Músicas que ninguém achava que eles tocariam como “Amazônia Nunca Mais”, “Mad Society” e “Crianças sem Futuro“, eles tocaram. Aliás, essas duas ultimas juntas com “Morrer” foi no estilo “R.D.P AO VIVO”, aquele que eu citei agora a pouco. Era visível que o Ratos é uma banda especial. O Abril Pro Rock foi todo pra frente ver o Ratos. A roda estava destruidora. O Gordo falava direto na alegria de tocar lá e a felicidade do publico, banda e pessoas no palco era visível, como os Varukers. Vi o Rat cantando umas musicas junto ao Fralda. Ele mesmo, Fralda, ex-baixista do Ratos, antecessor do Juninho, estava lá catando, pulando e comemorando cada música como se fosse um gol do seu time de futebol do coração em final de campeonato. E era assim que eu me sentia e que muito outros se sentiam quando eles tocavam músicas como “Crucificados pelo Sistema”, “Caos”, “Crise Geral”, “Sofrer” e “FMI”. Depois, duas surpresas: “John Travolta” e “O Dotadão Deve Morrer” e para os os anarco-cops/policia ideológica de plantão que queriam “pertubar”, o Gordo mandou um belo grito: “IGREEEEJA UNIVERSSAAAAL!!!”. Foi um belo “toma na cara, bando de otário!” hahahahaha. Irado foi ver uma pessoa que conheço com um extintor de incêndio dentro da roda deixando tudo branco e a roda mais insana e maior ainda. Podem chamar de “traidores”, falar que o “gordo é da universal” .. Mas para mim foda-se isso tudo, tenho minha opinião à respeito do cara e fico com ela para mim e não estou nem aí para o que pensam os anarco-cops/policia ideológica, pois se o Ratos traiu o movimento eu também sou um traidor HAHAHAAHHA.
Depois do Ratos, rolou o Blaze Bayley (UK). Digamos que para os fãs do metal foi um excelente show com direito a bandana de motoqueiro e camisa da seleção brasileira. Fiquei mais um tempo conversando com uns amigos lá atrás e depois fui embora de volta a Natal.
Esse foi o Abril Pro Rock, 16.04.2010, Recife-PE.
Obrigado.
Matheus Cedraz (XFuraX).
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RDP, Agent Orange e Varukers. Eis aí três grandes bandas que amo desde minha adolescência. Essa noite foi matadora. Parabéns pelo blogue. Um abraço.
ResponderExcluirSandro Neiva
de Brasília
www.pervitinfilmes.blogspot.com