sábado, 24 de julho de 2010

Vegan tatuado acusado de explodir fabrica de lã.

O norte-americano Walter Bond, de 34 anos, que é adepto da dieta "vegan" (não consome qualquer alimento de origem animal), foi preso em Glendale, no estado do Colorado (EUA), por suspeita de envolvimento em um incêndio que destruiu uma fábrica de produtos de lã de ovelha.

A empresa vende uma variedade de produtos de lã de ovelha, como tapetes, cobertores e outros acessórios, através de sua loja e pela internet. O fogo destruiu a fábrica em 30 de abril, provocando cerca de US$ 500 mil em danos.

Após investigação, o FBI chegou até a prisão de Bond após um homem chamado "lobo solitário" publicar um texto na internet, dizendo: "o incêndio na fábrica de lã de ovelha, em Denver, foi feito na defesa e retaliação para todos os animais inocentes que morreram cruelmente às mãos dos humanos".

De acordo com a polícia, Bond também estaria envolvido em outros dois incêndios criminosos no estado de Utah, que destruíram empresas que teriam práticas cruéis contra os animais.

Entrevista com John Josepf

Autor: John Gentile
Data: 01/07/2010
Título: Interviews: John Joseph (Cro-Mags)
Tradutor: Thiago "Meteoro" Malinoski
Site: PunkNews.ORG
Link: http://www.punknews.org/article/38901

Caso você encontre John Joseph no centro de Nova Iorque, você poderá dar uma olhada na sua teia de tatuagens desbotadas, outra na sua sólida estrutura e uma última na sua face carrancuda e pensará consigo mesmo: “Esse é o tipo de cara que eu não gostaria de encontrar em um beco escuro!” Na verdade você também não gostaria de encontrá-lo para debater algum assunto. Há aproximadamente 30 anos, John foi um dos membros fundadores da banda Cro-Mags, que foi uma das primeiras a unir os gêneros musicais hardcore e heavy metal. Além disso, John seguiu os passos de seu mentor, H.R. da banda Bad Brains, e foi um dos primeiros compositores a trazer espiritualidade para o punk rock, que, naquela época, estava infesto com excesso de niilismo. Enquanto muitas bandas estavam se autodestruindo, John, praticante do que é comumente referido como o Hare Krishna, expõe o seu ponto de vista de vida positivo, argumentando para o melhor tratamento do homem assim como seu próprio corpo.

Desde então, ele adotou comentários amargos para a empresa Monsanto *, explicou suas visões na International Society For Krishna Consciousness, em português, Sociedade Internacional Para A Consciência Do Krishna, e trouxe a banda Cro-Mags de volta da morte. Entre viver ativamente na cena por quase 30 anos, administrar uma academia especializada em vida saudável em uma das vizinhanças mais violentas em Nova Iorque por mais de uma década e detonar corporações multinacionais, é de se admirar que John tenha tempo para fazer alguma coisa além de respirar. Contudo, de alguma maneira, ele tira tempo para escrever o livro Meat Is For Pussies, em português, Carne É Para Os Fracos, um guia de vida saudável. Devido a isso, o entrevistador do site PunkNews.ORG, John Gentile, sentou com John para descobrir a proposta de seu novo livro, sua visão em espiritualidade e o que é bom para comer.



John Gentile: Por que o livro e por que agora?

John Joseph: Vivi como vegetariano sem carne e ovos por quase 30 anos. Comecei em 1987, mas recentemente, nos últimos anos, vi muitos amigos meus e familiares morrerem de câncer e todo o tipo de coisa. Isso não para! A maioria dos motivos das mortes é relacionada à dieta, no que as pessoas estão ingerindo. As pessoas simplesmente não sabem o que existe no alimento que estão comendo.

JG: Qual é a proposta do seu livro?

JJ: Andei pela enfermaria com pessoas com câncer quando vi o namorado da minha mãe deteriorando. Isso pode ser prevenido! Precisamos tocar os alarmes e deixar com que as pessoas saibam que todo esse sistema pode ser parado. No documentário Food Inc., a família diz que ela não tem dinheiro para comprar brócolis. Quanto eles estão gastando para comprar remédios? A questão não é tratar o sintoma e sim pensar aonde você adquiriu a doença. Mude o que você coloca dentro do seu sistema digestivo porque isso não afetará apenas o seu corpo, afetará também a sua mente. O mundo está mudando e você pode continuar no passado ou se atualizar. Você pode escolher ficar doente ou se tornar saudável.

JG: Com esse título, você não acha que estará criando problemas?

JJ: Não, essa na verdade não é a minha intenção. O título sugere que estou julgando, mas o que ele realmente diz é que se você continuar vivendo um estilo de vida que a maioria dos estadunidenses, esse estilo de vida te transformará em um fraco dependente das companhias de medicamentos. Caso você pesquise sobre as 500 maiores companhias do mundo, a maioria é de corporações farmacêuticas. Essas empresas e as de alimentos olham para você como forma de lucro desde que você vive até o momento da sua morte. Eles querem ver você ficar doente. Uma pitada de prevenção é bem mais barato do que a cura para uma enfermidade.

JG: Porque as empresas alimentícias querer deixar você doente? Quanto mais tempo você viver, mais lucro você dará para eles. Existe uma conspiração entre os dois tipos de empresas?

JJ: Ambas as empresas estão atadas e as três coisas que queremos é gordura, açúcar e sal. A comida estadunidense é cheia de soja e milho oriundos de organismos geneticamente modificados. Existe um cooperativismo para te deixar doente. Quando você ficar doente, os estoques farmacêuticos verão a luz do dia. Três dos políticos que ajudam o presidente Barack Obama na área da saúde, mais especificamente alimentação, são membros de alto nível da empresa Monsanto *.Essa é uma conspiração contra o povo dos Estados Unidos da América feita por essa nova ordem mundial. Visite o site da National Health Federation ** para maiores informações.

JG: Qual é a relação entre a dieta estadunidense e as doenças?

JJ: Somos a nação mais doente no planeta. Consumimos a maioria diária de carne, peixe e comida processada. Você não pode me dizer que não há uma corrente de ligação. Não subirei em um púlpito, mas há vários assuntos dos quais estou ciente. Um deles é o codex alimentarius, um código usado para radiar todos os alimentos e destruir certos genes, proibindo o rótulo das GMO’s ***. As pessoas precisam pensar sobre isso, eles modificam o código genético de um linguado em um tomate e fazem isso utilizando vírus para quebrar a cadeia de DNA do tomate. Por fim eles atiram radiação no tomate para matar o vírus. Esse é o motivo pelo qual as pessoas estão ficando doentes.

JG: Você acha que uma dieta não saudável está relacionada contracultura punk?

JJ: Caso você viva como um punk significa que você questiona a autoridade. Em lugar nenhum está escrito que os punks precisam ser não saudáveis. Isso não é ser punk! Eu ainda posso subir no palco com 48 anos. Por que existem pessoas que são 10 anos mais jovens do que eu que estão com problemas de saúde? Precisamos lutar para manter orgânica a comida orgânica, por isso não estamos injetando veneno.

JG: Por que você acha que os alimentos estão tão ligados com a espiritualidade?

JJ: Para mim, a comida é a maior perspectiva que você pode ter sobre o que faz na vida. Conheci os membros da banda Bad Brains e a primeira coisa que eles me disseram foi para parar de comer comida envenenada e aí com as drogas. Você precisa entender que quando você ingere a carne do animal que foi torturado, você está adquirindo seu carma ruim. Você não pode dizer que almeja espiritualidade e paz enquanto mata seis bilhões de animais por ano nesse país. Primeiro, pare de colocar animais mortos dentro do seu corpo. Isso torna você uma pessoa mais pacífica. Este é o primeiro passo para o progresso espiritual e não um progresso religioso.

JG: O que diferencia o seu livro das outras filosofias vegan que foram divulgadas na contracultura desde o começo dos anos 80?

JJ: Nos anos 80 e 90, a maioria dos straight edge vegans julgavam muito as outras pessoas e tinha complexo de superioridade. Acho que todo esse movimento rotulou o veganismo de uma maneira ruim. Prefiro sair com camaradas que freqüentam o McDonalds porque alguns veganos são apenas um golpe no peito. Não uso drogas e sou vegan, mas não julgo as pessoas e escrevi o livro para ajudá-las. Eu não tento empurrar o meu ponto de vista goela abaixo nas pessoas. O livro é para o tipo de cara que quer entrar em forma, botar para quebrar e chegar longe. Eu defendo o não uso de bebidas e drogas.

JG: Você quer dizer que não está empurrando o seu ponto de vista?

JJ: Caso você queira beber, beba. Isso não me incomoda. Esse livro é o que funciona para mim. Eu me divirto e fico maluco de tantas outras maneiras. Cabe as pessoas decidirem se elas querem escutar ou não. Eu não estou dizendo para você desenhar um “x” na sua mão e divulgar a literatura vegan. Eu não preciso me posicionar nas tangentes e esse livro é um diálogo que precisa acontecer.

JG: Um grande número de bandas cristãs nos gêneros musicais punk rock e metal são desconsideras ou motivo de chacota por bandas não cristãs. O mesmo não acontece com você, com a banda Cro-Mags ou bandas que tocam o Krishnacore. Por que?

JJ: Antes de mais nada, a banda Cro-Mags não é uma banda de Kirshnacore. Sou um seguidor dos ensinamentos de Prabhupada. Descobri a filosofia e a pratico de uma maneira representativa. Prabhupada salvou a minha vida.

Ninguém na banda veste o uniforme Hare Krishna. Eu não me vejo dentro do gênero musical Krishnacore. Não seja como a banda Shelter no palco, eles foram um dos maiores hipócritas de todos os tempos. Essa banda entregou a mensagem das letras de suas músicas com uma flor. A banda Cro-Mags fez isso com um taco de beisebol. Nós descemos até o subterrâneo, até os canos de esgoto com todos os tipos de pessoas. Nós não viemos do subúrbio de famílias de classe média-alta em Connecticut. Estamos vivendo o que escrevemos a respeito.

Prabhupada escreveu apenas para ser um real seguidor. Essa foi a sua mensagem. Todas as pessoas deturparam a sua mensagem original, que não era dogmática, a mesma mensagem do primeiro álbum de estúdio da nossa banda. Alguém conversa sobre a banda Shelter? A nossa mensagem é universal que qualquer pessoas pode usar. A deles foi gerada para manipular as pessoas.

JG: Por algum período de tempo você administrou um centro espiritual na cidade de Nova Iorque. Há planos de recomeçar um centro?

JJ: Caso a sorte esteja do meu lado, abrirei um novo centro. A minha missão é construir um novo edifício. Você pode falar o que você quiser, até porque falar é fácil, mas você precisa ter compaixão pelas pessoas. Algumas dessas pessoas podem roubar o dinheiro de outras, mas algumas dessas estão procurando alguma coisa para fazer. Caso você ajude alguém a se sentir bem e depois você a trapaceia, quem é o pau no cu é você. Isso é mais baixo do que pegar um revólver e roubar uma pessoa na rua porque nesse caso você está destruindo o espírito daquela pessoa e isso é o pior que você pode fazer.

JG: Quais são seus comentários finais?

JJ: Desejo o melhor para todos. Lançarei um livro de receitas depois deste. O livro trás receitas realmente saudáveis para os camaradas que malham e precisam de energia. Já passei das 12 horas diárias e corri 10 milhas. Esse livro trás uma mensagem positivo e não para deixar alguém para baixo.

(*) A empresa Monsanto é maior empresa de agricultura e biotecnologia do mundo, conhecida por ser a líder em vendas de herbicidas e sementes geneticamente modificadas.
(**) A National Health Federation, ou Federação Nacional de Saúde, fundada em 1955, é uma organização sem fins lucrativos com o objetivo de educar o consumo de alimentos e suplementos, e divulgar terapias sem restrições governamentais.
(***) Genetically modified organism, significa, em inglês, organismos geneticamente modificados.
(****) Prabhupada (Abhay Charanaravinda Bhaktivedanta Swami Prabhupada) foi professor do movimento religioso Gaudiya Vaishnavism, conhecido popularmente como Hare Krishna, além de criador da International Society For Krishna Consciousness, em português, Sociedade Internacional Para A Consciência Do Krishna.

Fonte: http://prhcdl.blogspot.com/

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Juíza argentina se nega a casar gays mesmo que 'custe sua prória vida'



France Presse
Publicação: 16/07/2010 14:00

Uma juíza de paz argentina afirmou nesta sexta-feira (16/7) que jamais realizará o casamento de casais homossexuais, um dia depois de o Senado aprovar uma lei que autoriza essas uniões.

"Que me acusem do que quiser. Deus me diz uma coisa e eu vou obedecer n de lo que quieran. Dios me dice una cosa y yo la voy a obedecer com todo rigor, mesmo que custe meu posto, e mesmo que me custe a vida, porque primeiro está o que Deus me diz", afirmou Marta Covella, juíza de paz da cidade de General Pico.

"Fui criada lendo a Bíblia e sei o que Deus pensa. Deus ama a todos, mas não aprova as coisas ruins que as pessoas fazem. E uma relação entre homossexuais é uma coisa ruim diante dos olhos de Deus", assinalou ainda.

A Argentina se converteu na madrugada de quinta-feira no primeiro país da América Latina a autorizar o casamento entre homossexuais, com uma histórica e longa votação no Senado.

A lei foi aprovada com 33 votos a favor, 27 contra e 3 abstenções, depois de uma sessão que durou mais de 13 horas e apesar da oposição da Igreja católica, que liderou uma intensa mobilização social para impedir a aprovação do projeto.

A iniciativa, apoiada pelo governo peronista da presidente Cristina Kirchner, acabou por aprovar a lei que autoriza os casamentos gays, fazendo com que a Argentina se converta no primeiro país da América Latina a autorizar esse tipo de união em nível nacional e o décimo no mundo, depois da Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal e Islândia.

A nova legislação visa a reformar o Código Civil mudando a fórmula de "marido e mulher" pelo termo "contraentes" e prevê igualar os direitos dos casais homossexuais com os dos heterossexuais, incluindo os direitos de adoção, herança e benefícios sociais.

A Igreja lançou na última semana uma forte ofensiva contra a lei e mobilizou na terça-feira milhares de seus fieis para pressionar contra sua aprovação.


Saiba mais...
Argentina sai na frente e legaliza o casamento gay
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/07/16/mundo,i=202726/ARGENTINA+SAI+NA+FRENTE+E+LEGALIZA+O+CASAMENTO+GAY.shtml

Lei de casamento gay equipara direitos de adoção de casais hetero e homossexuais
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/07/15/mundo,i=202641/LEI+DE+CASAMENTO+GAY+EQUIPARA+DIREITOS+DE+ADOCAO+DE+CASAIS+HETERO+E+HOMOSSEXUAIS.shtml

Argentina é o primeiro país da América Latina a aprovar a união homossexual Senado aprova casamento gay na Argentina
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/07/15/mundo,i=202568/ARGENTINA+E+O+PRIMEIRO+PAIS+DA+AMERICA+LATINA+A+APROVAR+A+UNIAO+HOMOSSEXUAL.shtml

quinta-feira, 15 de julho de 2010

a indignação da galinha

Para contrariarmos a esperteza da raposa no galinheiro e não ficarmos cada um a seu canto a esgravatar terra, a cidade do Porto foi palco de uma série de acções no fim-de-semana de 14 a 16 de Dezembro:

Contra a vergonha e a precariedade dos recibos verdes


Grafiti junto à Estação de S. Bento

Porquê comprar se pode reutilizar?


Loja Livre, dizendo NÃO ao consumismo.
E questionário público sobre os OGM, para o não esquecimento.
Sta. Catarina abaixo.


Marcha dos empresários


Um grito irónico por ainda mais sacrifícios aos trabalhadores.
Sta Catarina acima

Marcha pela masturbação


Desta vez, o Tratado não é de Maastricht nem de Nice. É de Lisboa. Português. Nosso! Nem interessa que nos roube liberdades civis e direitos laborais. É NOSSO! Masturbemo-nos, pois. Com ele e com a maior árvore de natal da Europa.

Presépio subversivo













e cantar as Janeiras


Presépio
humano
que adorava
o menino
EURO,
ao
som das
janeiras
sociais.




Balões no centro comercial


Outro NÃO ao consumismo.

Alternativas Ecológicas



Grafiti contra o pesadelo automóvel.

Em vários locais da cidade

Merenda nas Virtudes


"Virtudes de Rui Rui, FECHADO". Faixa deixada no Jardim das Virtudes - abandonado pela autarquia e fechado ao público -, depois de merenda no espaço e recolha de assinaturas contra o seu encerramento.

Fonte: http://casa-viva.blogspot.com/
No final de tarde de domingo deu-se o ajuntamento reflectivo. Entre momentos musicais e histórias contadas, conversas paralelas e …tanto mais.
Foi então aberto o espaço para falar, pensar, trocar ideias e desfrutar deste fim-de-semana com Todos Vivos, saídos da toca.

E tanta coisa foi apalavrada, que a secretária não teve canetas suficientes para se aguentar e caiu!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Projeto Vegan



O Projeto Vegan (projetovegan.blogspot.com), é um projeto baseado no filme "Julie e Julia".

Sinopse do filme.
Em 1948, Julia Child mudou-se para Paris na companhia do marido, nomeado adido cultural dos EUA. Apaixonada pela cultura francesa, ingressou em uma famosa escola de gastronomia e lançou o livro Mastering the Art of French Cooking, tornando-se extremamente popular nos EUA. Décadas mais tarde, em Nova York, Julie Powell acaba de fazer 30 anos e vive frustrada com sua vida de funcionária pública. Com o apoio do marido, resolve que testará todas as receitas do livro de Child por um ano e publicará os resultados em um blogue.

O criador do projeto, Thiago Almeida, busca fazer 365 receitas em 365 dias - um ano.
Ele está na receita de numero 75, faltando 290.

Está é a receita de numero 62°: Uramaki California (simples).




Acho que só conheço dois jeitos de fazer minha namorada comer arroz sem feijão: arroz com funghi é uma delas, e sushi é a outra =)
Espero que gostem e bom começo de semana!

obs.: sinto um cheiro de queimado na cozinha, fico com a testa franzida... mas lembro que ainda não comecei a fazer nada, rs.


Ingredientes do Arroz
1 xícara de arroz japonês
2 colheres (sopa) de saquê
2 colheres (sopa) vinagre de arroz
1 1/2 (chá) de sal
1 colher (chá) de açúcar
2 xícara de água


Ingredientes do Recheio
1 folha de Nori (normalmente já vem tostada)
Manga e pepino picados em tiras
Gergelim preto a gosto
Shoyu (opcional)


Modo de Preparo
Em uma panela pequena, ferva a água junto com os ingredientes (menos o arroz).
Abaixe o fogo, coloque o arroz e cozinhe em panela tampada por cerca de 20 minutos ou até secar a água. Caso use o gergelim que não vem torrado, é só torrar ele em uma frigideira anti-aderente.
Misture o arroz com a quantidade de gergelim que desejar, espalhe o arroz inteiro em uma esteira, coloque a alga e recheie com manga e pepino. Enrole e corte.


Dica
Quando for enrolar, pressione para que ele fique bem firme. Quando for abrir a esteira (sudare), passe um pouco de óleo nas mãos, assim o arroz não gruda nas mãos. Fazendo umas 3 ou 4 vezes se pega a prática.



Fonte: http://projetovegan.blogspot.com/

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ninguem precisa de fato ser homem, ou mulher.



A idéia do masculino e feminino, serve para que? Até hoje me pergunto quem designou as cores azul e rosa para definir homem e mulher, nessa ordem. Quando criança, aprendi que eu por ser 'machinho' e ter a 'torneirinha', deveria urinar em pé e a ‘moçinha' urinar sentada. São pequenos detalhes, que às vezes passam despercebidos aos olhos dos mais despreocupados, mas que mostra o domínio religioso na sociedade. Homens e mulheres e suas diferenças alem das diferenças corporais.

Uma coisa que me intriga bastante é por que as mulheres precisam preservar seus seios cobertos, sem os expor na rua como fazem os homens e quando isso acontece causa euforia e indignação. Na verdade isso acontece porque o seio feminino é sagrado por amamentar. Sagrado? Mais uma vez nos deparamos com a religiosidade.

Os mais velhos e alguns dos mais novos, aprenderam e estão aprendendo que o homem deve sair e buscar o alimento, através do trabalho fora de casa. A mulher deve ficar e fazer as tarefas domesticas, servindo seu marido como ele desejar, principalmente no que se diz respeito a sexo. A idéia do homem como sendo superior a tudo, também é uma coisa religiosa e convenhamos patética. Por muitos anos, mulheres não eram bem vindas no ‘seio’ da igreja, ao menos em relação a cargos eclesiásticos. Elas eram/são tidas como santas sim, mas não podiam sequer falar durante missas ou reuniões.



O homossexual é tratado com desrespeito. A mulher ainda é tratada com desrespeito. O homem é tratado como rei, tendo que ser respeitado e sendo sua palavra a ultima, sem hesitações. Hoje em dia, algumas lutas já foram vencidas, tanto por homossexuais quando por mulheres, mas ainda estamos longe de uma verdadeira conquista.

Expressões como ‘mulher minha não faz tal coisa’, ‘teu namorado/marido deixa você sair assim?’ chegam a dar enjôo muitas vezes. Por que os homens precisam deixar? E a liberdade, fica onde? Casais não são proprietários de seus parceiros, principalmente os homens.

Vai muito do que e no que você acredita. Seus interesses e suas idéias. Muitas vezes você as divide com pessoas que não pensam da mesma maneira, pior, maneira até contraria, por não encontrar pessoas como você e isso te deprime. Não deveria e não pode ser assim.

Destruir então os laços sagrados do masculino e feminino? Porque não? Ninguém precisa de fato ser homem, ou mulher. Precisamos apenas ser humanos e preservar a igualdade absoluta entre os sexos.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Entrevista com Lúcio Gregori sobre o Tarifa Zero.

Tarifa Zero é um projeto que visa o transporte coletivo 'gratis' para a população.



sábado, 3 de julho de 2010

Cidade-empresa é Lamerda!

Por Luther Blissett

Copa e olimpíadas: cidades injustas

No próximo mês de junho terá início a Copa do Mundo de Futebol. A proximidade de um dos maiores campeonatos esportivos do mundo, que será sediado na África do Sul, traz à tona uma série de discussões sobre os contornos que vêm sendo assumidos pela organização dos grandes eventos esportivos em diferentes países, sua relação com as políticas públicas e seu lugar diante das necessidades econômicas do capitalismo em seu atual período de desenvolvimento. No Brasil, sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 (que acontecerão na cidade do Rio de Janeiro), esses debates começam a aparecer com frequência cada vez maior.

Uma das primeiras questões levantadas refere-se ao sentido e aos objetivos do investimento público para a viabilização de megaeventos. Diante da precarização das condições de vida da população e da repetidamente alegada escassez de verbas públicas para políticas sociais, a pergunta é quase imediata: por que priorizar os eventos esportivos? Mais ainda: do ponto de vista do sentido das políticas sociais de esporte, por que optar por um projeto orientado para a realização de eventos de grande porte com muito investimento em detrimento de políticas para a área conectadas ao dia-a-dia e à realidade da maioria da população? A resposta mais comumente ouvida é a de que, além de “movimentar a economia” e gerar empregos, os megaeventos seriam responsáveis por deixar um “legado social” às suas cidades-sede.

Entretanto, segundo Bruno Gawryszewski, bacharel em Educação Física, doutorando em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor da Escola Nacional de Circo, as experiências recentes, como a dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, realizados em 2007, demonstram que esse argumento nem sempre se confirma. “No caso dos Pan, R$ 3,3 bilhões saíram dos cofres públicos e as promessas de novas linhas de transporte aquaviário, expansão do metrô, duplicação de uma das principais auto-estradas do Rio de Janeiro e despoluição das lagoas e da Baía de Guanabara tornaram-se letra morta”, destaca.

Ele analisa que as transformações estruturais urbanas ligadas aos megaeventos esportivos estão relacionadas a um modelo de produção do espaço que visa a projetar as cidades e países-sede como “globais”, ou como territórios propensos a atrair grande aporte de capital. “As metrópoles adotaram uma perspectiva urbana que canalizou grandes obras promovidas pelo Estado com o objetivo de transformar as áreas obsoletas em espaços propícios a receber as atividades da ‘economia pós-industrial’, tais como o setor de serviços, os complexos de lazer e entretenimento, a rede hoteleira e outros”, diz.

Projeto de cidade
Sob essa perspectiva, pesquisadores e movimentos sociais discutem o projeto de cidade desenvolvido na lógica de construção dos megaeventos esportivos. A conversão dos municípios em mercadorias e empresas foi tema de debates no Fórum Social Urbano, uma iniciativa de organizações sociais realizada em março no Rio de Janeiro.



Na ocasião, o professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur/UFRJ), Carlos Vainer, discutiu o aprofundamento desse processo na esteira de realização dos megaeventos. Em sua palestra, (abaixo) disponibilizada pelo Boletim Olhar Virtual, da UFRJ, o professor destacou que “a partir do momento que a cidade é vista como mercadoria, vendê-la se converte em objetivo básico dos governos locais. No planejamento estratégico do Rio, por exemplo, está escrito que um dos problemas da cidade é a visibilidade da população de rua. Ou seja, o ruim não é haver pessoas que não possuem moradia, mas sim elas serem visíveis. Seguindo essa linha de raciocínio, se uma cidade é empresa, ela deve ser entregue a quem entende de negócios. O setor privado deve assumir a gestão das estratégias econômicas locais”, analisou.

O Vainer relacionou, ainda, a realização desses eventos com a criminalização da pobreza: “Um megaevento leva isso ao extremo e gera o que nós podemos chamar de ‘cidade de exceção’, por analogia ao Estado de exceção – uma cidade na qual não vigoram mais as regras de convivência urbana, porque outra razão se impõe. Nela, há o controle direto do capital sobre a direção da cidade. A ‘cidade de exceção’, ao final, permite esconder a pobreza e autoriza a sua criminalização. É o que aconteceu em Johannesburgo, capital da África do Sul, que abrigará a Copa do Mundo de 2010: os vendedores ambulantes foram expulsos das áreas próximas às instalações das competições”, observou.

Novas relações econômicas
Segundo Bruno Gawryszewski, existe uma “indústria do esporte” que movimenta cifras cada vez maiores e associa-se a diversos segmentos do mercado capitalista, elaborando os megaeventos esportivos como seu produto mais desenvolvido. “A grande transformação do campo esportivo pode ser localizada na década de 1970. Ao mesmo tempo em que o capital passava por uma crise com a diminuição de suas taxas de lucro e orquestrava uma reestruturação produtiva da economia, a Federação Internacional de Futebol [Fifa] e o Comitê Olímpico Internacional [COI] foram assumidos por gestões que as alinharam plenamente aos interesses mercantis. A partir daí abriu-se um modelo de organização esportiva em que agentes privados controlam a organização dos torneios e a gestão de equipes através de uma lógica empresarial”, conta.

No entanto, o desenvolvimento da “indústria do esporte” só pode ser compreendido por completo se inserido no contexto das necessidades colocadas para a reprodução do capital em seu atual estágio de desenvolvimento. É o que analisam Gawryszewski e Adriana Penna, professora de educação física e doutoranda em Serviço Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no artigo “O esporte na nova geografia esportiva mundial: vias de expansão do capitalismo monopolista”.

A partir da análise dos dados referentes ao montante de capital investido e obtido com a realização dos megaeventos, do levantamento dos locais em que são prioritariamente realizados e da investigação teórica sobre sua inserção na economia mundial, os pesquisadores discutem a relação entre a promoção dos megaeventos esportivos, sobretudo a partir dos formatos que assumiram nos anos 2000, e o processo de reprodução do capital durante as chamadas “crises de sobreacumulação”, apontando os megaeventos como uma forma de responder a essas crises através da exportação de capitais. Isso quer dizer que, diante das dificuldades enfrentadas pelo capitalismo (que precisa produzir cada vez mais e, com isso, cria sistemáticas crises de superprodução e acumulação de capitais), uma saída para reinvestir o dinheiro que “sobra” – ou não encontra aplicação imediata e acaba se desvalorizando – tem sido a realização desses eventos.

A expansão geográfica e a reorganização espacial dos investimentos aparecem como uma forma de valorizar esse capital. Nesse mecanismo, o capital excedente precisa ser deslocado para projetos de longo prazo, sobretudo a partir da construção de grandes infraestruturas físicas que se desenvolvam ao longo de muitos anos, para que seja “reciclado” e volte ao circuito econômico – aliviando, temporariamente, o problema da sobreacumulação. Mas, para viabilizar isso, surge uma outra necessidade: diante da concorrência, os investidores buscam aplicar esse capital nos locais de menores custos e maiores taxas de lucro. Por isso, os maiores eventos esportivos passam a ser realizados, a partir desta década, nas nações em desenvolvimento. “Nesses países, a possibilidade de exploração do trabalho se faz com menor resistência, tanto por conta dos baixíssimos salários pagos aos trabalhadores quanto pelas condições de reação da classe, que, em geral, encontra-se em processo de fragmentação e refluxo de suas lutas”, avalia Adriana Penna.

Produção para a destruição
Por fim, um outro elemento salientado pelos pesquisadores é o processo de produção e subsequente destruição física dos grandes estádios destinados aos megaeventos esportivos. Segundo eles, esse processo acontece em todo o mundo e soma-se à permanente criação de necessidades de consumo ligadas ao mercado esportivo e todo o seu aparato e infraestrutura.

No artigo “Guerra ou paz: o esporte como produção destrutiva” (anexo), Gawryszewski e Penna analisam os casos de demolição de estádios e lembram que muitas estruturas construídas para o Pan do Rio de Janeiro já estão abandonadas. “Embora as arenas construídas não tenham sido literalmente demolidas até o momento, transformaram-se em estruturas obsoletas. Quando muito, são entregues pelo poder público à iniciativa privada – sob contratos de longa duração e a preços insignificantes, se comparados ao custo que representaram ao orçamento público”, destacam.

Segundo Gawryszewski, a “produção destrutiva” (conceito desenvolvido pelo filósofo húngaro Istvan Mészáros) insere-se no contexto das crises capitalistas como uma estratégia de aceleração da circulação do capital excedente – ou seja, uma forma de o capital realizar o seu valor. “Parece irracional e, de fato, é. A construção e destruição de arenas e estádios esportivos são defendidas pelos dirigentes esportivos como mero procedimento que visa a adequá-los tecnicamente às exigências das federações esportivas. Mas representam os interesses de certas frações burguesas, como o setor imobiliário, hoteleiro, do entretenimento e empreiteiras, que são envolvidos direta ou indiretamente na indústria do esporte”, finaliza.
Megaeventos podem transformar Rio em ‘cidade de exceção’
Aline Durães
Que projeto de cidade estamos desenvolvendo? Os debates acerca dos rumos do Rio de Janeiro como sede da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 levam em consideração a vontade popular? Para responder a essas e outras questões, urbanistas, pesquisadores e sociólogos de várias partes do mundo organizaram, de 23 a 26 de março, no Centro do Rio, o “Fórum Social Urbano”.
O evento teve como objetivo criar um espaço de discussão paralelo ao “V Fórum Urbano Mundial”, realizado pela Agência Habitat da Organização das Nações Unidas (ONU), nos mesmos dias e também na capital fluminense.
Dividido em quatro eixos temáticos — “Criminalização da pobreza e violência urbana”, “Megaeventos e a globalização das cidades”, “Justiça ambiental da cidade” e “Grandes projetos urbanos, áreas centrais e portuárias”—, o “Fórum Social Urbano” se configura como uma possibilidade de pensar as cidades contemporâneas e de promover debates acerca da democratização dos espaços.
Palestrante do evento, Carlos Vainer, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur) da UFRJ, falou sobre o modelo atual de planejamento das cidades. De acordo com o pesquisador, a cidade, hoje, adquiriu status de mercadoria, de empresa e de pátria. Dentre as consequências desse processo, estão a despolitização e a crescente competição entre os governos locais por capitais estrangeiros. Confira abaixo a palestra de Carlos Vainer na íntegra:
Carlos Vainer
Professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR)
Nos anos 1980, instalou-se uma crise do planejamento tradicional que dominou o Brasil nas décadas anteriores. Aquele era um planejamento tecnocrático centralista autoritário, que sofreu ataques da esquerda democrática e da direita. A esquerda questionou seu caráter autoritário e convocou maior participação social no planejamento. Já a direita o atacou por considerá-lo intervencionista e não respeitar o mercado.
O novo modelo veio atender uma perspectiva estratégica que encara as cidades como sendo submetidas às mesmas transformações das empresas. São os mesmos desafios. Para alguns teóricos, as cidades tomam consciência de que a economia se produz numa competição entre territórios. E vivem, portanto, a mesma realidade das empresas. O objetivo é, então, organizar o espaço urbano e dar à cidade um lugar melhor no sistema competitivo.
A cidade passa a ser pensada como mercadoria, como empresa e como pátria.
A partir do momento que a cidade é vista como mercadoria, vendê-la se converte em objetivo básico dos governos locais. Existem múltiplos clientes, mas o preferencial é o grande capital internacional. Nesse sentido, o marketing urbano se transforma no modelo de gestão da cidade. Se pegarmos o planejamento estratégico do Rio de Janeiro, de Lisboa ou de qualquer outra cidade, veremos que são muito parecidos.
O importante não é o que a cidade é, mas sim o que ela oferece para atrair os capitais. Começamos então a vender imagens. No planejamento estratégico do Rio, por exemplo, está escrito que um dos problemas da cidade é a visibilidade da população de rua. Ou seja, o ruim não é haver pessoas que não possuem moradia, mas sim elas serem visíveis. Se nós conseguirmos escondê-las, nosso imbróglio está resolvido. A miséria se torna um problema paisagístico. Nesse sentido, a cidade é pensada como uma mercadoria de luxo; não é qualquer um que pode tê-la.



Na concepção da cidade como uma empresa, ela deixa de ser vendida como um produto e passa a agir como uma empresa. Alguns urbanistas dizem que as grandes cidades são as multinacionais do século XXI. Seguindo essa linha de raciocínio, se uma cidade é empresa, ela deve então ser entregue a quem entende de negócios. O setor privado deve assumir a gestão das estratégias econômicas locais. É o que eu chamo de democracia direta. Uma democracia gerida não pelo povo, mas sim pelo capital. Essa cidade-empresa não é, entretanto, o lugar da política ou da cidadania. É o lugar do trabalho, da produção para o crescimento da nação.

Já a cidade como pátria inviabiliza a crítica. Se a nossa cidade está em guerra com outras numa competição sem quartel, todos aqueles que levantam críticas, toda divergência é uma ameaça à competitividade, à vitória. O crítico divide a pátria na guerra pela atração de capitais. Há aqui, um profundo esforço de esmagar a cidade como lugar de política e submetê-la como local de negócio.

Se o processo de transformação da cidade em mercadoria, empresa e pátria é o processo de despolitização da cidade, eu poderia dizer que um megaevento, como uma Copa ou as Olimpíadas por exemplo, leva isso ao extremo e gera o que nós podemos chamar de cidade de exceção, por analogia ao estado de exceção. É aquela cidade onde não vigoram mais as regras de convivência urbana, porque outra razão se impõe. Nela, há o controle direto do capital sobre a direção da cidade.

A cidade de exceção, ao final, penetra o conjunto do tecido urbano, permitindo esconder a pobreza e autorizando a criminalização dessa pobreza. É o que aconteceu em Johannesburgo, capital da África do Sul, que abrigará a Copa do Mundo, em 2010. Os vendedores ambulantes foram expulsos das áreas próximas às instalações das competições. A experiência sul-africana é a promessa do que será o Rio de Janeiro e dos problemas que enfrentaremos aqui.

Fonte: http://pracalivrebh.wordpress.com/